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Capital do Basquete

  • Foto do escritor: Matheus Fernandes
    Matheus Fernandes
  • 19 de jan. de 2019
  • 2 min de leitura


Sesi Franca Basquete campeão da Liga Sulamericana DirectTv - Reprodução: FIBA


É no Instituto Estadual de Educação Torquato Caleiro (I.E.E.T.C), hoje apenas conhecido como ETC, que nasce a paixão e a tradição do Basquete na cidade. Fundado aos 10 de maio de 1959 com a chegada do Pedroca — Pedro Murilo Fuentes era nascido em São Paulo e anos mais tarde, se tornaria o jovem educador físico mais influente na modalidade esportiva, consagrando-se como um grande ícone do clube até hoje em dia.

Fruto da relação que construiu com o Tuti (Vitório Bartocci) — jogador de futebol da Francana — e Artur Ewbank — professor do I.E.E.T.C — Pedroca veio à Franca e assumiu o comando das aulas de educação física do colégio. É aqui que tudo começa. Como técnico, rapidamente começou a diversificar a formação dos atletas e misturar esquemas táticos — há 40 anos atrás, o 'seu Pedro' já mesclava a marcação por zona com a individual.


Para realçar esses contornos — dar amplitude e velocidade —, Pedroca se apropriou de técnicas de outros esportes. Fazia os atletas correrem e saltarem com peso, além de fatigarem os músculos subindo e descendo as escadas da arquibancada. Durante os anos em que esteve a frente do Franca Basquete, 'seu Pedro' acumulou Paulistas (1973, 1975, 1976 e 1977), Brasileiros (1971, 1974, 1975, 1980 e 1981), Sul-americanos (1974, 1975, 1977 e 1980), pra não falar dos inúmeros Campeonatos do Interior (1962, 1963, 1964, 1965, 1966, 1967, 1968, 1971, 1972, 1975, 1976 e 1977) e dos dois vice-campeonatos mundiais em 1975 — na comuna italiana de Cantù, na região da Lombarida — e 1980 — em Sarajevo na Iugoslávia.


Aqui, aproveito para relembrar um dos passos mais importantes do clube — sem ele, talvez hoje pouco se ouvisse falar basquete. Como no caso em que alguns atletas fizeram do 'Clube dos Bagres' campeão da Taça Brasil naquele longínquo 1971 — a Taça Brasil à época era considerada o mais alto degrau do basquete brasileiro. Foram eles: Hélio Rubens, pai do Helinho; Os irmãos "Metralha", com Toto e Fransérgio Garcia; Fausto Giannechini e Robertão.


Por essas e outras, não é de se estranhar que Pedroca tenha ganho o título de "pai do basquete Francano" e consagrou a cidade como a "capital do basquete brasileiro". Essas façanhas lhe renderam, ainda, a homenagem eternizada no Ginásio "Pedrocão" — nessa ocasião, o Ginásio tinha acabado de passar por uma reforma e estaria ampliando sua capacidade máxima para 8.000 pessoas em 1996.


Desde então, Franca é vista e lembrada pelo basquete e é assim há mais de 50 anos. Seja pelas decisões, clássicos e outros grandes jogos, ou mesmo pelo legado histórico que carrega em quadra. A pirâmide do esporte a cada ano que passa, afunila mais. Estar no podium não é coisa pra qualquer um. Agora, se estar no podium não é fácil, imagina trazer pra casa o troféu da Liga Sul-Americana em pleno 2018? É, isso é só pro Franca Basquete.



Matheus Fernandes é Historiador, Representante de Franca no Sistema Estadual de Museus de São Paulo e Colunista do Jornal Diário Verdade

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