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Colégio Champagnat e os Maristas em Franca

  • Foto do escritor: Matheus Fernandes
    Matheus Fernandes
  • 14 de mai. de 2019
  • 2 min de leitura

Atualizado: 30 de jul. de 2019


Vista da frente do Colégio Champagnat, em 1994. - Disponível em: Arquivo Histórico Municipal 'Capitão Antônio Hipólito Pinheiro'


No ano de 1817, na França, Marcelino Champagnat teria fundado uma instituição educacional com o intuito de dar uma formação cristã qualificada à juventude. Isto pois, tratava-se do surgimento dos maristas — que significa a total entrega de sua obra à Maria, mãe de Jesus — no vilarejo de La Valla, na região administrativa de Auvérnia-Ródano-Alpes, na França.


Em 1902, os Irmãos Marista chegariam ao interior de São Paulo e, mais especificamente, à Franca. Instalam-se, a priori, na chácara de Monsenhor Rosa, localizada no Distrito da Estação, onde montaria um colégio com os mesmos objetivos orquestrados por Marcelino Champagnat na França.


Visavam, além de dar uma formação religiosa de qualidade, criar uma casa de educação voltada ao público masculino — sob denominação de Collégio Internato São Paulo. No entanto, a instituição funcionaria nas propriedade de Monsenhor Rosa até meados dos anos de 1912, quando ocorre uma grande epidemia de varíola na cidade. Com a mudança repentina das atribuições do colégio, visto que fora transformado em abrigo para os doentes, a direção opta por buscar um novo local para a construção do novo prédio para o colégio.



Pátio interno do Colégio Champagnat, em 1994 - Disponível em: Arquivo Histórico Municipal 'Capitão Antônio Hipólito Pinheiro'


Foi então na Rua Capitão Canuto — atual Avenida Champagnat — que os Irmãos Marista encontraram a área adequada para o reconstrução de sua escola. O terreno — que outrora tinha abrigado o Colégio Culto às Letras, de César Augusto Ribeiro e Gaspar da Silva, e o Colégio do Profº Chiquinho — fora adquirido em 1912.

Todavia, sua construção não aconteceu na dinâmica célere à qual estamos acostumados — afinal, eram outros tempos. Em 1915, os maristas teriam adquirido outra gleba de terra anexa ao terreno e instalado a pedra fundamental para o erguimento do novo colégio cristão — Instituto Champagnat.


É, portanto, em 1917 — data do centenário da Congregação Marista — que o colégio seria inaugurado e começaria suas atividades — que duraram aproximadamente 53 anos. Encerraram seus afazeres em 1971 e, com isso, deixaram um terreno com área aproximada de 2.500 metros quadrados construídos e 41.000 metros quadrados no total.


Tombado em 11 de agosto de 1997, pelo Decreto n° 7420, o Colégio Champagnat hoje continua a cumprir papel fundamental na sociedade francana. É sede da EMIM — Escola Municipal de Iniciação Musical —, do Museu Interativo de Ciências e, claro, do Arquivo Histórico Municipal 'Capitão Antônio Hipólito Pinheiro'. Além disso também abriga um núcleo de ensino para jovens e adultos, a UAB — Universidade Aberta Brasileira —, o FUSSOL — Fundo Social, a Biblioteca Municipal 'Dr. Américo Maciel de Castro Jr' e o Observatório de Astronomia.



Matheus Fernandes é Historiador, Representante de Franca no Sistema Estadual de Museus de São Paulo e Colunista do Jornal Diário Verdade

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